Por Henrique Augusto Nunes
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28 de novembro de 2024
Nos últimos anos, o termo “ Compatibilização em BIM” se tornou cada vez mais recorrente entre arquitetos, engenheiros e outros profissionais envolvidos com projetos e com a construção civil. A sigla para Building Information Modeling (BIM) , ou modelagem da informação da construção, trata-se de um processo em que modelamos um edifício com muito mais informações do que constam numa simples planta baixa, feita com linhas e outras geometrias. No BIM, a proposta é modelar cada parte da edificação de maneira muito mais dinâmica, em que cada elemento carregue consigo várias informações. Podemos pensar numa mera parede, por exemplo. No desenho tradicional, ela será composta por duas linhas paralelas e alguma hachura representando seu material construtivo. Com o BIM, essa parede será desenhada, também em planta baixa, mas este desenho automaticamente criará seu modelo 3D, adicionando a esta parede informações como altura, espessura, material, revestimento e várias outras informações que os projetistas podem incluir para, posteriormente, gerar listas de materiais, orçamentos, cronogramas e outras informações que podem auxiliar na obra. As vantagens do BIM envolvem, também, uma das maiores dificuldades que os projetistas têm com projetos tradicionais. Falamos em “projetistas” , no plural, porque um projeto envolve uma série de profissionais, cada um assumindo sua especialidade. Arquitetura, Estrutura, Climatização , Hidráulica, Sanitário, Drenagem, Elétrica, Telecomunicações são apenas alguns exemplos de “disciplinas” que podem ser necessárias para o projeto de uma edificação. E é muito provável que todos os projetistas responsáveis elas não trabalhem numa mesma empresa, ou em horários semelhantes, nem que tenham uma comunicação tão facilitada entre si. A dificuldade, então, está em gerar uma comunicação assertiva entre todos estes projetistas. Chegamos, então, à compatibilização de projetos, o foco deste artigo.